Oi gente, tudo bem?

Hoje trago para vocês os dois layouts prontos e já entregues que passaram pelo 2ª fase do Projeto Audaciando! Confiram!



Esse primeiro layout é do blog da Larissa Secundo, o Sweet Sixteen. O pedido foi uma coisa mais minimista, mas charmosa e a cara da proposta do blog dela. Nesse layout, usei no header aquarelas (que todo mundo gosta) e caprichei mais no logotipo do SS. A Lari amou o resultado final, assim como eu, e espero que vocês também tenham gostado!


Já no Os Jovens Leitores, do querido Cley Monteiro, a proposta era reinventar o design do blog e acredito que foi alcançada. Em uma temática azul, preto e cinza, foi escolhido um "mascote" para OJL e layout ficou mais maduro e belo aos olhos. Obrigada pela confiança!

Para quem não sabe o que é o Audaciando, clique aqui e fique por dentro desse projeto que desenvolvo no QA! E para você que quer o seu blog de cara nova, entre em contato comigo e faça parte também. 

Espero que tenham gostado e até a próxima! Beijos!
Quando o assunto é séries de tv, eu posso dizer que sou quase uma especialista, uma completa viciada que já assistiu os clássicos da tv americana e acompanha aqueles seriados que estão dando o que falar.

Hoje trago para vocês um top 5 de séries que comecei a acompanhar agora e são perfeitas para você assistir no feriado prolongado, porque não tem muitas temporadas ainda. São mortes e sangue para todo lado e em todo episódio! Nessa lista tem seriado para pessoas de estômago forte, ou nem tanto assim, continue lendo que você vai entender. Estão prontos?


1 – Scream Queens



Scream Queen é uma série nova da Fox, produzida pelos criadores de Glee e American Horror Story. Conta a história de uma fraternidade feminina que vem sendo perseguida e tendo suas integrantes assassinadas por um assassino bastante peculiar: o Red Devil, ou para os íntimos, o Diabo Vermelho.

Essa série é daquelas que ou você ama ou você odeia. Eu AMO, logicamente. Além de ter uma pegada bastante diferente dos seriados de hoje em dia, SQ consegue juntar os gêneros de terror e comédia de forma genial, te fazendo morrer de rir em algumas cenas e, já em outras, levar aqueles sustinhos básicos que todo mundo adora. E galera, tem morte pra caramba, praticamente em todo episódio morre alguém e de maneiras absurdas.

Repleta de referências de moda e gritos por toda a parte, Scream Queen está na primeira temporada ainda e é dá para assistir tudo em um dia ou dois, corram lá!

2 – American Horror Story



Essa é com certeza é conhecida pela maioria de você, mas eu comecei a assistir somente agora, e sim, foi por causa da Lady Gaga que passou a fazer parte do elenco principal nessa quinta temporada.

American Horror Story é uma aclamada série de terror, daquelas assustadoras mesmo, que você tem que ter coragem para assistir de noite. Apesar de ter cinco temporadas, uma coisa bastante singular nessa série é que cada temporada conta uma história, em uma época e lugar diferente, assim como os personagens também, apesar de vários atores continuarem os mesmos. O legal disso é que se você quiser assistir só a primeira, ou a partir da quarta season, isso não vai interferir em nada o seu entendimento da série.

Repleta de personagens macabros, ambientes mal assombrados, alguns “monstrinhos” de arrepiar e cenas assustadoras, AHS quebra todos os tabus e o psicológico de quem assiste.

Corre lá que a quinta temporada, American Horror Story: Hotel está incrível e podem me chamar de poser, mas vou assistir a partir dela mesmo hahaha

3 – Scream



Essa é apenas Scream, não tem Queens no nome, ok? Não se confundam. Scream é uma série inspirada na franquia de filmes de mesmo nome, que no Brasil é conhecida como Pânico. Aposto que você já sabe qual é!

Sendo uma série da MTV, já se pode esperar dramas adolescentes, traições, homens lindos e lares desestruturados. Pois bem, Scream tem isso e muito mais! A história se passa em uma cidadezinha onde, há anos atrás, um assassino mascarado massacrou vários adolescentes, os matando de forma cruel. Tendo um avanço temporal, atualmente nessa mesma cidade, uma onda de assassinatos vem acontecendo da mesma forma e todos especulam que o serial killer da máscara branca voltou e está tocando o terror novamente.

Uma coisa muito louca nessa série é que ninguém sabe de nada. Todo mundo sempre está apontando para um novo suspeito, mas continua sendo um mistério quem realmente é o autor dos crimes bárbaros que acontecem na cidade de Lakewood.

Só tem uma temporada até agora, e se você se interessou, recomendo que dê uma olhadinha porque é bem legal.

4 – The 100



The 100 foi uma série que eu não botava muita confiança, mas depois de assistir o piloto já viciei. A história é a seguinte: após 97 anos morando em uma estação espacial acima da Terra, em decorrência a uma guerra nuclear que teve em nosso planeta e deixou o clima radioativo, são enviados 100 “criminosos” para a Terra a fim de descobrir se, depois de todos esses anos, nosso planeta tem condições para ser habitável novamente.

Essa série tem muitas sequências de ação, lutas por território e cenas de pura sobrevivência, onde as pessoas tem que fazer o que é preciso fazer. Foi amor à primeira vista, no meu caso. Alguns personagens são bastante cativantes (leia Clarke e Bellamy) e tem morte pra caramba, tem explosões a todo tempo, e muita, mas muita ação.

Até agora The 100 tem duas temporadas lançadas, tendo a terceira a caminho, mas são em torno de vinte e poucos episódio e isso não pesa muito. Já deixo minha recomendação aqui, essa série é muuuito boa!

5 - How to Get Away With a Murder



Apesar de ter um nome bem complicado, HTGAWM (ufa!) é uma série fantástica que eu encontrei a um tempinho atrás. Tinha tanta gente falando dela, que eu tive que ir dar uma conferida, e pronto, já virei fã.

A trama acompanha cinco alunos que ingressam em uma prestigiada universidade de direito. Eles têm como professora uma fodona advogada que acaba escolhendo alguns alunos (esses cinco) para fazer estágio com ela e acompanha-la a resolver casos de crimes reais. Mas no meio de tudo isso, quatro desses alunos se envolvem em um assassinato e têm que fazer de tudo para esconder esse segredo, usando o que aprenderam em suas aulas com a professora fodona: como sair impune de um assassinato.

Gente, sério, essa série é muito perfeita. Cada episódio passa um crime sendo solucionado, além dos dramas pessoais dos personagens, que já são um show a parte. É super útil para quem está cursando direito, indico.

Bônus:



Quem é apaixonado por The Walking Dead, com toda a certeza já deu uma conferida em Fear The Walking Dead, um spin off muito bem sucedido. Apesar de não ter tantas mortes como a série original, e muito menos walkers tão feiosos como vemos em TWD, Fear nos mostra o começo do terrível apocalipse zumbi que assombra o mundo nesse universo criado por Robert Kirkman

Dramas familiares, problemas com drogas e confusão são assuntos bastante presentes em Fear e uma coisa bem legal nessa série, é que quem já está por dentro de TWD, ao ver as idiotices que esses os personagens comentem tudo por falta de informação, fica louco ao assistir os episódios e grita com a tela coisas como: "Não chega perto desse cara, ele foi mordido!". Pelo menos foi assim comigo.

Super recomendo, logicamente! Não é tão bom quanto The Walking Dead, mas está caminhando para isso. Aproveita que Fear ainda só tem uma temporada! 

Bom galera, espero que tenham gostado e que tenham encontrado uma nova série para acompanhar. Feriado com seriado é muito melhor né? Se tiverem outras séries que vocês assistem nessa mesma temática, deixem nos comentários e eu posso fazer mais um post como esse. Beijão!

Quem me conhece, sabe como eu sou apaixonada por decoração! Tanto que o meu quarto é uma bagunça artística, por assim dizer. Prometo fazer um post depois sobre isso, mas hoje venho trazer pra vocês ideias super legais para se decorar sua porta. Isso mesmo!

Eu estava lendo um blog gringo dias atrás e vi uma frase que me chamou muita atenção. Segunda a blogueira, é muito importante ter uma porta bonita porque ela é a primeira e a última coisa que suas visitas veêm na sua casa. Profundo né? Não, não é. Mas é muita verdade isso. A gente ainda tá muito acostumado com portas “quadradas” e sem muita personalidade.

Então hoje eu separei 10 ideias pra decorar a sua porta no melhor estilo DIY (que a gente ama né?). São soluções simples mas que vão deixar o cartão de visita da sua casa mais estiloso. Saca só:

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Essa porta acima foi adesivada. Você pode usar tanto fita isolante, quanto recortar em vinil adesivo (o bom e velho contact). Só usa uma régua de metal e um estilete na hora de cortar pra garantir que fique tudo retinho.
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A porta pintada de amarelo por si só já chama muita atenção. Mas pra ressaltar ainda mais, a lateral foi pintada de outra cor. Pra fazer isso, é só isolar a parte que você quer pintar com fita crepe, usar um pincel fino com a tinta da sua preferência e depois retirar.

Na imagem ao lado, o esquema foi o mesmo, só que a porta ganhou essa estampa que eu adoro. 
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Achei sensacional essa ideia de colocar o a estampa fora da área da porta. Mais uma vez é só apelar pro adesivo. Se você não tem uma relação muito íntima com tesoura, é só procurar uma gráfica rápida que já entregam o adesivo pra você pronto.

A ideia do lado é ben simples, mas também tem um efeito legal. Contornar os frisos da porta com fita colorida já deixa tudo mais simpático e charmoso.
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Essa porta dupla e super colorida caiu bem na parede branca e ainda tem cores que combinam com os móveis. Você pode fazer igual recortando triângulos de adesivos em cores diferentes.

Outra sugestão é pintar a porta com duas cores como na foto ao lado. Nesse caso, a sala que era apagada ficou super acesa. É só seguir a dica de marcar tudo com fita crepe e pintar ok?





















Essas duas ideias são ótimas, mas confesso que gostei mais da segunda. Eu amo escrever nas coisas (a parede do meu quarto tem umas frases rabiscadas), e acredito que esse toque especial deixa tudo com mais a cara do dono. Olha que incrível escrever na porta do seu quarto algo que tem um significado importante pra você! Essa segunda porta, você pode fazer a mão mesmo, ou então, mandar para uma gráfica para que eles possam fazer o adesivo pra você.

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Pra dar um trato na porta, foi mantido o tom natural e foi pintado listras com tinta amarela, mas você também pode usar fita adesiva colorida que o efeito vai ser quase o mesmo. Do lado, o bom e velho efeito lousa que você pode fazer tanto pintando, quanto usando contact.
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Pra fechar tem mais uma arte feita com contact adesivo recortado (acreditem!) e ainda rola uma estampa de listras feitas com fitas adesivas em espessuras diferentes.

Todas as ideias são super realizáveis e dá pra você fazer ainda nesse fim de semana hein! Se decidir pintar a porta, apenas tome cuidado para não fazer muita bagunça haha. Independente da ideia mirabolante que você tiver aí na sua casa, o importante mesmo é você usar a sua criatividade e deixar a mente voar. Mãos à massa?

Quantas vezes você já assistiu Pretty Little Liars, pensou ter descoberto que é -A e depois, nos próximos episódios, foi revelado que era mentirinha, pegadinha do malandro? Vááárias vezes né gente? Já perdei até a conta!

No episódio de ontem (11), o Summer Finale nos revelou quem é realmente o big -A/Charles. Marlene King, a produtora executiva da série, também nos mostrou a verdadeira identidade da Red Coat e da Black Widow. Muita treta gente! Fico cho-ca-da! (Daqui a pouco faço um review sobre o episódio de PLL)

Vamos conferir oito momentos em que cantamos vitória antes da hora e Pretty Little Liars provou que somos trouxas:

1. Mona é -A!



“Você não é a única gênia nesse carro.”



“Fiz tudo que você me pediu.”

Eita, isso daqui faz tempo. Foi na segunda temporada, quando achávamos que iríamos já saber quem era o psicopata por trás disso tudo. A medida que o episódio de revelação se aproximava, Mona fica ainda mais em evidência, óbvia demais. Ela é -A? Sim, uma das mil do -A team que iam aparecer… mal sabíamos no que havíamos nos metido. Depois disso, ~alguém~ rouba o jogo da Monão!

2. -A é a irmã gêmea de Alison



“Somos irmãs, mas brigamos toda hora…”

É assim no livro. Ali tinha uma irmã que foi internada em um hospício, Courtney, mas ela trocou de lugar com a irmã em um plano, assim Alison acabou presa na clínica no seu lugar. Courtney tomou a vida da irmã para si, enquanto Ali ajudava Mona (-A dos livros) em seus planos. Marlene King dizia que a série não teria o mesmo fim do livro, mas também nunca descartou a possibilidade de existirem gêmeas, especialmente naqueles fucking assustadores episódios de Halloween. Bem depois, a roteirista admitiu que a gêmea poderia não ser de Alison… ela estava apenas mexendo com a gente, como sempre.

3. Spencer traiu as amigas e entrou no team -A


Parei de me preocupar comigo há muito tempo atrás.”

O quão legal isso seria se fosse verdade, hein? A mais esperta de todas cansou de sofrer e passou para o lado escuro da força… pena que durou apenas um promo e aquela cena de black hoodie (maravilhosa, por sinal). Spencer esteve no -A team sim, mas não durou muito tempo e, para nossa tristeza, foi outro plano falho das Liars.

4. Toby é -A



Spoby, um dos ships mais amados termina assim… Toby começa a agir diferente e enganar a namorada, mas ela é bem esperta e faz uma armadilha para o garoto, que cai. Sofremos bastante em vão, porque ele apenas estava tentando proteger a amada <3 e segue o mistério feat. trollagem!

5. Eza é -A



Aqui pegaram pesado com os shippers de Ezria. Quase ninguém suspeitava do personagem, mas em um dos episódios de Halloween ele aparece no trem fantasma depois que dá ruim e Garrett Reynolds morre. Estranho? Bastante!

Desde então, descobrimos que o ex-mocinho possui câmeras por toda a cidade, praticamente, e está enganando Aria há um bom tempo. Ian Harding estava bem assustador nessa fase, seria outro ótimo plot… que foi jogado no lixo, porque ele ainda era mocinho sim. Estava só investigando toda a história para publicar em um livro, quando se apaixonou por Aria e decidiu continuar para descobrir quem era -A. Que fofo, não?

6. Alison está viva



“Contar a verdade para a pessoa errada, no momento errado, é como acabei aonde estou. Aprenda comigo, você sempre se dará melhor com uma mentira muito boa.”



“Sentiram a minha falta?”

Muita gente não chegava a questionar esse fato, até porque um corpo foi encontrado na casa da Maya, lembram? Pois é… mas aí alguém salvou Hanna de um acidente de carro, quando ela achava que sabia algo sobre -A, e Alison fez a enfermeira para a amiga acidentada. Mas foi muito real… será mesmo que Alison está viva?

Posteriormente, tudo indica que ela estivesse realmente viva. Mas quem é que ia acreditar nisso sem ver o corpinho da Sasha Pieterse caminhando na série? Eu não, ser idiota de novo para quê? Só esse olho do “covil da -A” (que não era da -A) em Ravenswood não é o suficiente para acreditar.

7. RIP, Mona



Admitimos: sabendo que nessa série ninguém morre de verdade, não deveríamos ter sentido tanto essa morte. A Monão lutou bravamente e foi para o além, por alguns meses. Doeu bastante perdê-la, é uma das melhores personagens de PLL, e vê-la apenas em flashbacks não faz jus ao que ela representa. Felizmente, encontramos com essa maravilhosa na Dollhouse, tendo que fingir ser a Alison. Não tá fácil para ninguém mesmo.

8. Já sabemos quem são as Red Coats, ufa!



Ah tá, então nós vimos lá em Ravenswood que uma Red Coat era a Cece, e depois ficamos sabendo que a outra era Ali. A loira se vestia assim para ajudar as amigas sem ser descoberta… certo? Não! Ainda tem mais uma Red Coat, meus amigos, que por sinal é BFF do Charles. Agora alguém aqui só nos responde: a Marlene tem limites? I don't think so.

Alison soube primeiro do que todo mundo quem é o Charles, conforme foi mostrado no episódio 9 (Last Dance), e já no episódio 10 (Game Over, Charles), o nosso queridinho -A é enfim revelado ao público, chocando meio mundo.

Sobre o tão polêmico Summer Finale, aguardem um review que vou fazer para todo mundo tentar entender exatamente o que aconteceu nesse episódio (assumo que fiquei com algumas dúvidas na cabeça).



Houve um tempo em que eu acreditava em tudo. Em mentiras, em promessas, em destino feito por nós mesmos, em estrelas cadentes, em sorte e azar. Mas uma pessoa mudou isso em mim. Mudou o que eu pensava sobre tudo, minha visão sobre o mundo. Mudou meus planos, meus princípios e verdades, meus desejos e vontades. Mudou minha vida, me mudou. Eu acreditava que nós fazíamos o que quiséssemos, mas aprendi que nada é por acaso. Tudo acontece por uma razão. Ele era uma pessoa comum, no início. Não era importante, não fazia falta, mas isso mudou, e talvez tenha sido a melhor coisa que já me aconteceu… Eu passava por ele, na rua ou em qualquer outro lugar e o cumprimentava apenas por educação. Era quase todo dia, em quase todo lugar que eu já havia me acostumado com sua presença. É assim que uma amizade começa, mas não foi assim que terminou. Dávamos-nos as mãos, como um gesto simples de carinho, que para nós era comum. Abraçávamos-nos sem malícia. Conversávamos sobre toda e qualquer coisa. Frequentávamos um a casa do outro, sempre. Todos comentavam e estranhavam, mas nós não nos importávamos.

Certo dia, depois de tantas conversas, ele me perguntou algo que nunca havia perguntado. Me assustei, não com a pergunta, mas com a forma como perguntou. Ele costumava falar num tom de voz baixo, mas sussurrou a pergunta, com a cabeça baixa, sendo que tinha o costume de olhar nos olhos da pessoa com quem conversava, quem quer que fosse ela. Ele me perguntou se eu já havia amado alguém. Era estranho, pois não havia nada que ele não soubesse sobre mim, pensava eu. Apesar de estar espantada, minha resposta foi sincera e tímida. “Não”, eu disse, observando seu rosto. Ele gemeu alguma coisa que eu não entendi. Eu o observei por alguns longos minutos. Queria que aquela imagem ficasse para sempre em minha memória. Quando foi que eu olhei para ele assim? Quando foi que eu procurei imperfeições nele, e não encontrei? Como é que eu nunca notei a pinta que ele tinha no queixo, suas sardas claras, o formato de sua boca ou a mistura de verde e caramelo que seus olhos tinham? Como foi que eu nunca notei sua beleza? Ele era lindo. Incrível e absurdamente lindo. Queria ficar ali, para sempre, olhando-o sob a luz clara do crepúsculo. Suas bochechas coraram, e eu percebi que aquele silêncio já estava constrangedor. Foi difícil ir embora, mas eu fui.

Quando cheguei em casa, naquela noite, subi as escadas sem hesitar na porta e fui direto ao quarto. Imersa em pensamentos, deitei na cama, afundando o rosto no travesseiro. O que estava acontecendo comigo? Senti a necessidade de ouvir a resposta de alguém. Do meu melhor amigo, talvez. Peguei o telefone e disquei o número sem hesitar. Ele atendeu rapidamente, com a voz rouca. Eu não disse nada. Algo na voz dele me imobilizou. Ele também não disse nada. Até o som do silêncio eu podia ouvir; era constrangedor. Eu quase pude ouvir seus pensamentos, junto a sua respiração. Queria perguntar mil e uma coisas, mas um nó se formou em minha garganta. Depois de alguns minutos, consegui falar. “Como é amar?”, perguntei num sussurro fraco e rouco. Foi meio estranho perguntar. Um silêncio cruel e doloroso preencheu o ar. Queria acreditar que o som que rompeu esse silêncio, não era o som de suas lágrimas. Alguns outros minutos de silêncio se seguiram. “Ouvi falar que é estranho. E realmente é…”, ele começou. Esperei. “Ouvi falar que a gente perde o chão, que é como se um abismo tivesse se aberto abaixo dos pés…”, completou. Ele parecia mais seguro agora. “E é assim?”, perguntei. “Comigo foi diferente. Foi como se, pela primeira vez, o chão estivesse ali. Como se eu soubesse que poderia caminhar sem que nada me derrubasse.” Fiquei em choque, sem conseguir dizer muito. “Quem é ela?”, me arrependi de ter perguntado. Ele soltou um suspiro pesado. Pude sentir a dor dele. Nós tínhamos algum tipo de conexão. Se ele sofria, eu sofria também e vice-versa. Não tinha como evitar. Silêncio. Novamente. Mais um suspiro e percebi que ele não responderia. Enfim, ele desligou.

Meus joelhos cederam e as lágrimas escorriam pelo meu rosto. Não tentei controlar, apenas voltei para a cama e abracei meu travesseiro. Percebi, então, que não era o travesseiro que eu sentia a necessidade de abraçar. Eu não tinha idéia do que estava acontecendo comigo. Queria tê-lo por perto, para que ele pudesse me abraçar e confortar, com uma intensidade que nunca desejei antes. Eu já estive apaixonada antes, mas nunca foi assim, tão forte que me fez chorar. A vontade de tê-lo comigo, quase me fez levantar imediatamente e ir atrás dele. E então eu adormeci. No outro dia, acordei com olheiras profundas e pesadas. Havíamos combinado que nos veríamos nesse dia, como de costume. Eu estava tão feliz, tão animada com a idéia de que veria ele novamente que, depois de passar horas em frente ao espelho, achei que estava realmente bonita. Mas ele não apareceu. Esperei por alguns minutos. Nada de ele chegar. Eu não conseguia acreditar que ele não estava ali. Só conseguia pensar que alguma coisa tinha acontecido. Ele não teria esquecido, nem tampouco feito para me magoar.

Liguei para ele. Ele não atendeu. Estava começando a me preocupar, então liguei na casa dele. Sua mãe atendeu, e me disse que ele havia saído algumas horas atrás; nervoso e sem dizer para onde ia. Só havia dois lugares para onde ele ia quando estava nervoso. Para a minha casa ou para um prédio abandonado, onde ele gostava de ir para pensar. Se ele não estava comigo, ele só poderia estar lá. Fui até lá, sem pensar em outras hipóteses. Quando cheguei me senti aliviada por encontrá-lo. Ele estava de costas e não me viu. Queria me aproximar e perguntar o que estava acontecendo, mas não disse nada, apenas fiquei parada, olhando para ele. Ele ficou de pé, depois se virou para mim. Seus olhos estavam cheios de lágrimas. Era quase impossível controlar o impulso de sair correndo e abraçá-lo. Quando dei alguns passos à frente, ele ergueu a mão direita, como se estivesse pedindo que eu parasse, e então parei. “Não podemos mais nos ver”, sussurrou, tão baixo que foi difícil ouvir. Talvez tenha sido difícil pelo fato de eu não querer ouvir.

Demorei alguns longos minutos para digerir aquelas palavras e a forma como ele disse num tom de voz frio e rude. “Você não me verá mais. Eu prometo”, continuou, com o mesmo tom de voz. “Não! Por favor, não!”, tentei gritar, mas o nó que se formou em minha garganta impediu que minha voz saísse no tom de voz que eu queria.

Disparei em sua direção, envolvendo-o em meus braços com a maior força que pude. Eu estava chorando. Ele não disse nada, e eu daria tudo para saber o que ele estava pensando. “Por favor, não faça isso”, sussurrou com a voz rouca, entre soluços pesados. Eu não tinha idéia do que ele queria dizer, mas não me importava com quaisquer que fossem suas intenções. Eu não me afastaria dele. Então seus joelhos cederam e ele caiu ao chão, junto aos meus pés. “Me diga o que aconteceu, quero te ajudar, por favor, deixe-me ajudá-lo”, eu disse, baixo, mas ele ouviu. Ele não me respondeu, e ainda soluçava. “Eu preciso que você me diga”, insisti. Ele se levantou com muito esforço, olhou em meus olhos e segurou minhas mãos com força. Alguns minutos se passaram até que ele falasse. Meu coração parou por um instante, depois acelerou desesperadamente. Se um coração ao se partir emitisse algum som, acho que aquele era o som. As palavras que se seguiram, como o som de um vidro ao quebrar, ecoavam em minha mente. “Eu…”, hesitou por alguns segundos “… amo você. É por você que eu ainda estou vivo, mas acho que isso já é meio óbvio. Eu lhe peço, que, para o seu melhor, se afaste de mim”. Já se sentiu como se tivesse muitas coisas para falar e mesmo assim não conseguisse dizer nada? Eu estava assim. Perplexa. Paralisada. Imóvel. Então era a mim que ele amava? Desde quando? Como? Ele pareceu entender meus pensamentos, pois respondeu rapidamente. “Eu não sei como ou quando aconteceu, mas aconteceu, e agora eu estou aqui, te envolvendo cada vez mais nisso e te pedindo para se afastar de mim. Será melhor para você”.

Por quê? Por que ele estava dizendo aquilo? Inspirei e expirei algumas vezes, para me acalmar. Não adiantou. “Você não quer isso… Se afastar de mim. Você não quer…”, consegui, enfim, dizer. Não era uma pergunta. Ele virou o rosto, sem conseguir fitar meus olhos outra vez. “Não…”, sussurrou. “… e talvez esse seja meu lado masoquista”. Não queria que ele se sentisse daquele jeito, queria fazer alguma coisa para acabar com a dor dele. Por que eu senti vontade de correr e saltar daquele prédio? Por que meu coração doía tanto? Por que eu estava me sentindo daquele jeito? O que eu estava sentindo, afinal? Abracei-o com força, mas ele lutava para se desprender de meus braços. Eu queria mantê-lo para sempre ali, aninhado em meu peito, para tentar acalmá-lo e desejei que ele nunca fosse embora. A idéia de sua partida me fez derramar lágrimas, novamente. “Eu nunca vou te deixar, nunca! Entendeu seu idiota? Não vou deixar você ir assim”. Ele não fez piada daquilo, mas parou de lutar. Olhou em meus olhos, o que me fez tremer. Segurou meu rosto entre as mãos, acariciando-o por um instante, depois aproximou seu rosto do meu. O contato de nossas peles me fez tremer. Segundos depois senti seus lábios nos meus; eram quentes e doces. O sabor mais doce entre todos os beijos. Não queria que aquele momento acabasse nunca. E quando se afastou, forçou um sorriso e disse, com a voz fina e baixa, “adeus”. Não o vi sair, minhas pernas prenderam-me ao chão. O que estávamos fazendo? Não devíamos ter feito aquilo, não era certo. Eu não deveria ter gostado daquele beijo.

Nos dias que se seguiram, não nos falamos. Quando eu telefonava, ele não me atendia e, quando fui até sua casa, não havia ninguém. Pouco menos de uma semana após sua confissão, uma notícia me abalou. Eu estava em casa, pensando em onde ele poderia estar, quando minha mãe veio conversar comigo, com os olhos cheios de lágrimas e uma expressão de dor. Tentei imaginar o que era, e quando ela me disse, senti muitas coisas ao mesmo tempo. Dor, surpresa, preocupação, saudade, e mais dor. Foi um impacto muito forte. Disparei pela porta e, sem pensar duas vezes, fui direto ao Hospital, onde, segundo ela, ele estava. Quando cheguei, o desespero me dominou.

Eu já não sabia o que pensar, ou o que deveria fazer, mesmo assim entrei. Tentando me controlar, fui até a recepção e perguntei por ele, dando à recepcionista seu nome. Ela me indicou o número do quarto e disse que talvez ele não pudesse receber visitas. Não me importava, eu precisava vê-lo. Procurei o quarto, e, assim que o encontrei, bati na porta. Ninguém abriu. Bati novamente e abri a porta. Ainda sem entrar, olhei o quarto e não havia ninguém além dele. Entrei. Ele estava lá, de costas para mim. Esperava que ele estivesse acordado, então ele se mexeu. Ele olhou por sobre o ombro, depois abaixou a cabeça novamente. “Sabia que não demoraria a me encontrar”, disse, com a voz mais baixa que de costume. “Por que você está aqui?”, perguntei. “Muitos motivos…”, sua voz falhava. Fui até ele e me sentei a sua frente, para que conseguisse ver seu rosto. Ele me olhou por alguns segundos, depois fechou os olhos. Seu corpo estava cheio de hematomas, manchas escuras.

Talvez ele não quisesse me dizer, mas eu precisava que ele me dissesse. “Você não está bem, não é?”, perguntei, sabendo que a resposta era não. Ele abriu os olhos e sorriu. Seu sorriso acendeu uma espécie de calor em mim, como se aquilo fosse parte vital de mim. Dei a volta na cama e me deitei ao seu lado, pondo a mão em sua cintura. Ele segurou minha mão e, assim que o fez eu percebi que sua pele estava muito fria. Pude perceber, também, que ele respirava com dificuldade. Eu não queria acreditar no que estava acontecendo. “Eu vou morrer”, ele disse num tom de voz totalmente frio. Eu estava chorando, de novo. “Não, você não vai. Não vou deixar isso acontecer”, tentei dizer, lutando para engolir o nó em minha garganta. Ele riu, o que me fez chorar ainda mais. “Você terá que aprender a viver sem mim garota…”, percebi que ele estava sorrindo, como se achasse graça de tudo que estava acontecendo. Aquilo me irritou um pouco, mas não disse nada.

Seu corpo enrijeceu por um momento, depois tremeu, o que me assustou um pouco. “Isso é normal”, ele disse, como se tivesse lido meus pensamentos outra vez. “Foi por isso que você pediu que para que eu me afastasse de você?”, perguntei. Ele não respondeu. Seu silêncio era constrangedor. O único barulho que podíamos ouvir, era o dos aparelhos ao seu lado. “Vou sair daqui amanhã”, disse ele, depois de tanto tempo em silêncio. Quase me animei. “Quero ir para casa, ficar perto da minha família”. Esse foi o término do meu ânimo, quando entendi o que ele queria dizer. Não questionei, apenas o abracei com mais força. E foi assim que aquele dia se seguiu. Fiquei com lá até um pouco depois de ele ter adormecido. Eu chorava só de olhar para ele, só de pensar em perdê-lo. Sua mãe estava lá também e, por esse motivo, consegui ir para casa. Eu não pensava em mais nada, o dia todo. Eu só saía daquele Hospital quando ia para casa, à noite. Não conseguia imaginar minha vida sem ele. No dia que ele foi para casa, todos foram ao Hospital. Amigos, familiares, conhecidos, etc. Muita gente gostava dele, ele era uma pessoa muito especial. Ele teve um pouco de dificuldade para caminhar até o carro, e sua mãe estava ao seu lado, como apoio. Ver aquela cena me fez perceber o quanto eu o amava, o quão importante ele era para mim e o quanto eu queria que ele ficasse.

Quando ele voltou para casa, quase nada havia mudado entre nós. Era quase como antes, nós ainda xingávamos um ao outro, discutíamos sobre seu gosto musical e ele ainda criticava meu cabelo cobrindo meu olho. Era bom vê-lo comigo, fazê-lo sorrir enquanto podia. Eu sentia como se tivesse um prazo de vida. Não só da dele, mas da minha também. Parecia que não existia vida sem ele. Acho que fomos “levando” a situação. Um dia, depois de eu ter criticado bastante a música que ele estava ouvindo, ele parou, me olhou e sorriu como na noite em que eu descobri que o amava. “O que foi?”, perguntei constrangida. “Vou sentir sua falta, onde quer que eu esteja”. Retribuí o sorriso e, por mais que já estivesse me acostumando com as lágrimas, senti meu coração apertar com cada lágrima que eu derramava.

Na manhã seguinte recebi um telefonema de sua mãe. Ele havia piorado, e foi levado novamente para o Hospital. Fui até lá assim que soube. Quando o vi, meu coração disparou. Ele mal conseguia falar, então não exigi esforços dele. Fiquei sentada ao seu lado, falando com ele, sem esperar resposta. Eu estava falando com ele, sobre coisas do nosso passado, quando ele me interrompeu. “Você fica linda quando prende o cabelo”, disse ele, sorrindo. Sabia que ele havia reparado em meu cabelo, só não esperava que ele falasse disso. Reprimi o riso e apenas sorri para ele. Ele segurou minha mão e a apertou, usando a maior força que pôde. Beijei sua testa, depois seus lábios. Ele sorriu. Ele me pediu para que eu cantasse uma música para ele e, apesar de eu não gostar daquele estilo de música, sussurrei-a em seu ouvido. Então ele fechou os olhos… e nunca mais os abriu. Ele faleceu naquela noite, em meus braços. Parece horrível, eu sei, mas para mim não foi. Foi como se eu o estivesse ninando durante a noite, e ele estivesse num sono profundo. Eu sei que ele estava feliz em meus braços, e eu estava feliz também. Foi difícil para mim, deixá-lo ir, mas agora é como se ele nunca tivesse partido. E quando me perguntam onde é que meu amor está, eu sempre respondo a mesma coisa: “Independente de onde ele estiver, ele está esperando e olhando por mim, e nosso amor estará para sempre vivo nos corações daqueles que fizeram parte dessa história. Eu sinto que ele ainda está em mim, e para sempre estará”.